quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO - FICÇÃO



ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
de Aldous Huxley



Ano 634 df (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (precondicionados) têm comportamentos (preestabelecidos) e ocupam lugares (predeterminados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. 
Os conceitos de "pai" e "mãe" são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariamente profético, "Admirável Mundo Novo" é um dos livros mais influentes do século 20.
 Resenha:
Extraordinariamente profético, como diz a sinopse. Não posso discordar, estamos muito perto da realidade do livro. 

Aldous Huxley criou uma distopia que abrange temas de relacionamentos familiares. Huxley escreveu o livro em uma época que os divórcios estavam começando a ficar mais frequentes e como ele mesmo diz no prefácio, já estavam alcançando o número de casamentos em algumas cidades americanas. Provavelmente revoltado com a condição da sociedade, Huxley criou a sua própria versão do que nos tornaríamos no futuro.

No futuro de Huxley não existem mais famílias. Os bebês são gerados de forma artificial e educados (condicionados) de forma à atender às expectativas da sociedade. Cada ser humano é gerado para uma finalidade já pré-determinada e educado para se adaptar à ela. 'Pai' e 'Mãe' já não existem e o conceito de maternidade chega a ser obsceno nesse mundo.

Fidelidade não é considerada uma prática sadia, com a consciência que todos podem ser de todos, é anormal ou até crime manter um relacionamento estável com alguém.

Preciso apontar as semelhanças com a nossa realidade atual? Experiências cientificas a cerca do nascimento humano não faltam. E se isso realmente fosse possível, porque as mulheres precisariam passar por todo o processo da gravidez quando já não fosse necessário? É óbvio que isso se tornaria uma anormalidade vergonhosa. Nesse ponto as famílias seriam desfeitas, porque então a fidelidade?

Por meio dos personagens, Bernard Marx e Sr. Selvagem, somos levados à uma reflexão a cerca de todas essas coisas e muitas mais que podem nos aguardar em um futuro não muito distante. O Admirável Mundo Novo pode estar bem ali, à nossa espreita se não formos cuidadosos com os rumos que a nossa sociedade pode tomar! 

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