quarta-feira, 5 de junho de 2013

CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ - Filosofia de um trovador nordestino

CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ
de Patativa do Assaré


      O presente trabalho procura apresentar em toda sua riqueza original a obra poética de Antonio Gonçalves da Silva, o popular PATATIVA DO ASSARÉ, autêntico representante da cultura do povo e expoente máximo da poesia sertaneja impregnada pela força telúrica do nordeste.
       Algumas das poesias de Patativa, apelido que Antonio Gonçalves da Silva, inspirado cantador nordestino, ganhou por analogia à mais canora das aves nativas da Chapada do Araripe, monumental muralha natural que separa o Ceará de Pernambuco, são escritas no que ele próprio qualifica de linguagem cabocla, o linguajar da rude gente sertaneja, tão criativo de erros, mutilações e acréscimos, de permutas e transformações que os vocábulos, com frequência, se desfiguram completamente. Mas, no dizer de Arraes de Alencar, tais adulterações constituem uma fonte inesgotável de ensinamentos no estudo do idioma, na apreensão de sua índole, mostrando-lhe o gênio e as tendências, em toda a liberdade, em toda a sua natural desenvoltura.


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