quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A TUMBA DO RELÂMPAGO - Fatos reais

A TUMBA DO RELÂMPAGO
de Manuel Scorza



Donos de glebas comunitárias que lhes foram legalmente destinadas ainda na era colonial, os comuneiros do Peru lutaram durante séculos para recuperar as terras que pouco a pouco eram arrebatadas por latifundiários e grandes empresas internacionais.
Os historiadores oficiais silenciam sobre essas lutas sempre recomeçadas por índios andrajosos que descem dos Andes Centrais a fim de reaver o que é deles. Para combater essa conspiração feita de silêncio, e na qualidade de testemunha e ator desse drama, Scorza construiu em amplo mural de Cantatas e ao qual deu o nome geral de Cantatas a ao qual pertence este romance.
Aqui el descreve uma dessas rebeliões, seu esmagamento, o massacre de homens, mulheres e crianças pelas tropas governamentais. Aqui, como sempre, a esperança brota, mas é logo abatida. Para os comuneiros, a esperança é brev como um relâmpago.
O presente romance é um epitáfio na tumba desse relâmpago.
Os fatos relatados são reais.
Pela narrativa circulam não apenas personagens, mas também pessoas, com seus nomes verdadeiros. Esse é caso de Genaro Ledesma, que se tornou um líder popular e cujas lutas o levaram várias vezes à prisão.
A Tumba do Relâmpago testemunha o seu nascimento como revolucionário.
Imaginação e consciência política, lirismo e necessidade revolucionária são outros eixos sobre os quais gira este romance, diretamente vinculado à tradição de homens que pensaram o Peru mediante a ficção ou ensaio filosófico: González Prado, Mariátegui, Vallejo, Alegria e Arguedas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário